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Lourdes Teodoro 

27 JUN 2018
27 de Junho de 2018
Nome poético de Maria de Lourdes Teodoro, natural de Formosa (GO), reside em Brasília desde 1959. Escreve e publica desde a adolescência, quando figurou com regularidade em jornais estudantis e no Correio Braziliense. Com Guido Heleno, Carlos Pontes, Reginaldo Fonteles, entre outros, publicou a Antologia de Alunos Escritores do Elefante Branco, em 1966. Incluída em antologias poéticas no Brasil, na Europa, na Índia e nos Estados Unidos, é autora de quatro livros de poemas, e de Modernisme Brésilien et Negritude Antillaise – Mário de Andrade e Aimé Césaire, (crítica literária), pela editora L´Harmattan (Paris/Montreal). Ativista contra o racismo esteve pessoalmente com Nelson Mandela quando de sua primeira visita ao Brasil. Participou de atividades de sensibilização, conscientização e produziu textos  sobre relações raciais no Brasil. Doutora em Literatura Comparada pela Universidade de Paris, Sorbonne, é Professora aposentada do Instituto de Artes da Universidade de Brasília, dedica-se atualmente à psicanálise: teoria e clínica. Fez vários estágios nessa área, particularmente no HUB, na clínica ANANKÊ e um ano de estudos teóricos na Universidade de Harvard- USA.

 fonte:http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/goias/lourdes_teodoro.html



à sombra dos embondeiros do recife VII

 

 

dançar é celebrar o corpo

         é render graças

dialogar com as coisas

é vê-las com os sentidos todos

nada  no meio do caminho.

o vento é o maior conhecedor do silêncio

                   o vento é dança.

alguém sonha comigo. sou água. sou vento. 
 

 


paisagem litorânea

 

os arranha-céus subiram aos morros,

                                para ver o mar

e os negros

                mudaram-se

                                para a avenida  Copacabana.

as usinas e as fábricas

               lançaram-se dos penhascos,

a ponte se dissolveu na bruma

                                e jangadas povoaram

                                a baía, inocentemente.



O CORPO, O NADA.

 

a joão cabral de melo neto.

 

 

o segredo do tempo

 - a pedra -

a coragem do tempo

- a pedra -

a riqueza do tempo

-a pedra -

a frieza do tempo

- a pedra -

a erupção do tempo

- a pedra -

a construção do tempo

- a pedra -

o silêncio do corpo 

- a pedra -

o peso sobre o nada

- a pedra.
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