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Jorge Amancio 

27 JUN 2018
27 de Junho de 2018
JORGE AMÂNCIO

 

Carioca, nasceu em 1953 e reside em Brasília desde 1976.  Licenciado em Física pela Universidade de Brasília, professor da Fundação Educacional do Distrito Federal, participante e ativista de movimentos sociais de luta contra o preconceito racial.  Começou a publicar seus textos poéticos no jornal Raça do M.N.U. (Movimento Negro Unificado), no início dos anos 80.

É responsável, com Marcos Freitas, pela organização do evento Poemação no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília, desde meados de 2009.





NAVALHA

Meu poema
abate
aqueles que creem
que pela cor
 faz-se o homem


RELIGAFRICA

 

Religai,

religar o homem a sua origem

Com espiritualidade, sem ícones,

sem reis, sem donos, sem opressão,

sem medos, sem pecados ou culpas.

 

Religar,

aos antepassados,

a África,

aos tambores,

aos Orixás

 

Religar ao primo ponto

Útero da humanidade

 

Religai

Religar o homem ao Ser

com igualdade, sem discriminação

sem inquérito, sem perseguição

sem mortes, sem escravidão

 

Religar

ao hoje

ao segredo dos tambores

ao primo ponto

uúero da humanidade

 

Religrafrica



Eu
poeta
sem trem
o cantor morto
a cada interpretação
renascido a cada tom.

Quererei
renascer
Eu
?
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