Nasceu em Uberlândia (MG), em 1960, e vive atualmente em Brasília. Formada em Educação Artística. Sua atividade não se limita à poesia — é artista plástica e fotógrafa, e se orgulha de ter pertencido ao grupo “Ladrões de Alma”, que promoveu várias exposições em Brasília. Escreve desde 1972 e tem poemas publicados nas Antologias Poética Hélio Pinto Ferreira, volumes X, XI e XII, e em Intimidades Transvistas (Editora Escrituras), 1997, coletânea de poemas inspirados na obra do artista plástico Valdir Rocha.
Assim que publicou seu primeiro livro, Cristina Bastos passou a ser considerada uma das mais importantes vozes da nova poesia de Brasília. De estrutura minimal, digna da tradição japonesa dos hai-kais, sem necessidade de construir os poemas em formatos que não servem para a língua portuguesa, em que Cristina Bastos mostra toda a densidade desta “poesia alquímica” da geração de pós-vanguarda. Veja o caso do poema “Fonte”Concisão, em que a precisão, a economia de palavras dão o tom; uma única vogal, o “i”, sugerindo o fluir; a expressão “a tira” traz uma polissemia incontida, podendo significar pedaço longo e fino em si mesmo, algo que se atira num destino, e um significado literal de algo que não se perde.