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José Sóter 

22 JUN 2018
22 de Junho de 2018

Nasceu em Catalão, Goiás, em 1953.  Formação em Agronomia pelas Universidade Federal de Goiás e Universidade de Brasília.  Exerce a profissão de publicitário.


José Luiz do Nascimento Sóter se apresenta como poeta marginal da geração mimeógrafo de Brasília. Professor da rede pública, coordenador da Associação Brasileira de Radiodifusão. 

Os textos de Sóter republicados em Renitência Lunar (Semim Edições) foram escritos em Brasília entre 1978 e 1998, “por isso retratam momentos vividos sob a tensão da censura e do totalitarismo obscurantista". Como lema da Oswaldiana “Amor com humor” e a Pessoana “Chega de heróis, quero gente” e como mote a poesia libertária de Mário Quintana. Nas entrelinhas e nos entretantos as transições dessas duas décadas de transformações mundiais”, confessa o autor. Nosso emblemático da poesia brasiliense dos anos de rebeldia e contestação.

lembro-me:

lembro-me:
lembro-me:
descobrindo os meus pés
descobrindo as minhas mãos
descobrindo a minha mente
descobrindo meus horizontes
descobrindo como é bom descobrir.
obrigado, pai.


ela viu o meu sonho:

ela viu o meu sonho:
camisola preta sobre
pele transparente
auréolas áureas
em seios em ânsias
púbis abissal
balsâmico cais de ais!
glúteos máximos glutônicos
a tara untada de glutões
e... uma brisa pela janela.
nunca mais saiu da minha memória.


minhas queridas

minhas queridas
toda vez que desembaço
o espelho de manhã
décadas se passaram
em meu semblante
e contabilizo:
felicidade só no atacado
no varejo: alegrias e tristezas.
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